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Tiras e máscaras para pontos negros são eficazes? Têm riscos?

6 Abr 2024 - 10:40

Tiras e máscaras para pontos negros são eficazes? Têm riscos?

A fama das tiras e das máscaras para arrancar pontos negros (conhecidas como “peel-off”) não é recente, mas continua a crescer nas redes sociais. Este tipo de produtos ganhou popularidade pela aparente eficácia na remoção de pontos negros, sobretudo na zona do nariz. Mas serão estas tiras e máscaras seguras para a pele? Os potenciais benefícios compensam os riscos? Existem alternativas?

As tiras e máscaras para remover pontos negros são seguras e eficazes?

As tiras e máscaras para remover pontos negros até podem ser eficazes a remover alguns pontos negros que estejam na superfície da pele. No entanto, não é certo que os aparentes benefícios compensem os potenciais riscos para a pele. Quem o defende é Luís Uva, dermatologista na clínica Personal Derma, em esclarecimentos ao Viral. 

O médico explica que, por norma, estes produtos têm uma espécie de cola que arranca os pontos negros no momento em que estas tiras ou máscaras são retiradas da pele, deixando a pele com uma aparência mais lisa.

No entanto, não existem muitos estudos que indiquem o nível de segurança destes produtos que, segundo as embalagens, devem ser usados, no máximo, “uma a duas vezes por semana”, lembra Luís Uva.

Além disso, sublinha o médico, “não se recomenda o uso sobre áreas com imperfeições, tais como manchas, borbulhas e inflamações, nem em pele seca ou escaldada”. Até porque, quando se utiliza este tipo de produtos, “é criada uma camada de células mortas, tornando a pele mais fina e sensível”.

Na perspetiva de Luís Uva, as tiras e máscaras para os pontos negros “não compensam o risco para possível benefício” por conterem algumas “substâncias químicas” que podem aumentar “significativamente o risco de irritações cutâneas”.

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Os produtos que prometem remover os pontos negros à venda no mercado em formato de tiras ou máscaras contêm vários ingredientes, mas muitos deles têm um em comum: o carvão ativado.

Segundo um artigo de revisão de 2021, o carvão ativado tem a capacidade de “reter as toxinas e os produtos químicos da superfície da pele, desobstruindo os poros e desintoxicando a superfície da pele, quando esta é enxaguada ou removida”. 

No entanto, refere-se, esta ação depende “do equilíbrio químico entre a toxina livre e o carvão ativado”. 

Posto isto, “as máscaras ‘peel off’ com carvão ativado podem, por vezes, provocar uma descamação excessiva da pele, sobretudo em pessoas com pele sensível ou com determinadas lesões cutâneas, o que resulta numa situação muito dolorosa para o consumidor”, explica-se no artigo.

Este é o principal “motivo de preocupação para muitos dermatologistas”, o facto de estes produtos poderem “provocar lesões cutâneas graves e permanentes, como cicatrizes e infeções”, destaca-se.

Assim, apesar de o carvão ativado ter alguns benefícios cosméticos conhecidos, os autores referem a importância de se “ter em conta que se trata de um composto químico e que, como qualquer outro produto químico, o carvão ativado pode reagir de forma adversa se não for utilizado em quantidades moderadas e com moderação”.

Existem alternativas a estes produtos?

Segundo Luís Uva, “existem diferentes maneiras de combater os pontos negros, nomeadamente através de produtos de limpeza e de cuidado com ingredientes eficazes e adaptados às necessidades de cada pele”. 

Algumas dicas referidas pelo dermatologista são: o “uso de um tónico antes de aplicar o creme hidratante”; a utilização “de hidratantes não oleosos”; “proceder a tratamentos com o uso de vapores”; ou “uma limpeza facial profissional”.

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Em alternativa, “para casos mais graves, fora os medicamentos que podem ser utilizados para combater as impurezas, aconselha-se a utilização de peelings médicos”, salienta o médico.

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6 Abr 2024 - 10:40

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